Prometida pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo 
(PDT), durante a sua corrida pelo quarto mandato no comando da Casa, a votação 
de projetos originados pelos deputados pode começar a ser 
concretizada.
Em meio ao clima de mudanças, estimuladas por pressões de setores da 
imprensa, que motivaram a extinção do 14º e 15º salário, o Legislativo estadual 
quer dar impulso também às apreciações de matérias dos parlamentares que estão engavetadas.
As bancadas do governo e da oposição promoveram um acordo, com o apoio do 
dirigente da Casa, referente à discussão dos projetos, seguindo o trâmite 
inicial nas comissões.
Segundo Nilo, foi eleita uma comissão que será formada por um deputado da 
oposição, Paulo Azi (DEM), um representante do governo, deputado Yulo Oiticica 
(PT), e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Joseildo Ramos 
(PT), que neste começo farão a triagem de 30 matérias, sendo 20 originadas por 
parlamentares governistas e 10 por oposicionistas. “Quero pelo menos tirar da 
gaveta e votar 30 projetos por mês”, disse Nilo.
Entre os que mais cobram mudanças no Legislativo, o deputado Yulo já defendeu nessa quarta-feira (13/3) a ampliação 
para 60 no número de projetos que serão selecionados. O petista disse que já 
criou critérios de avaliação.
“Primeiro vou escolher projetos que estejam aptos e que sejam de deputados 
que não tiveram projetos aprovados nesta legislatura”.
Segundo ele, será respeitada a prática do regimento que estabelece um prazo 
de 45 dias para que o projeto seja discutido na CCJ. Caso passe na Comissão, 
segue para o plenário, onde, na hipótese de ser aprovado, é encaminhado para ser 
sancionado ou vetado pelo governador Jaques Wagner (PT).
Segundo o líder da oposição, o trâmite será diferente do que ocorre 
atualmente com as votações com urgência que ocorrem no plenário. “Não vamos ver 
apenas aqueles que podem ser aprovados, vamos votar, independente de aprovar ou 
não”, frisou.
Demonstrando descrença, o deputado Carlos Gaban (DEM) disse que todo ano se 
fala nesta questão, mas é preciso mudar a Constituição.