OAssim como ocorreu com a Emenda 29, mais uma vez o Congresso Nacional votará 
propostas que determinam uma vinculação mínima de recursos da União para a Saúde 
Publica. Após o período eleitoral, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 89/2007 e os 
Projetos de Lei do Senado (PLS) 156/2007 e 11/2012 serão deliberados pelos 
senadores. As três matérias prevêem aumento de investimentos no setor por parte 
da União.
Caberá às Comissões de Assuntos Sociais 
(CAS) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) votar os projetos.  Na 
pauta da CAS, estão o PLC 89/2007 e o PLS 156/2007. No caso desses dois 
projetos, as Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e a CCJ  analisaram as 
propostas anteriormente, e a última decisão antes do plenário será, portanto, na 
CAS.
O PLC 89/2007 recebeu parecer pela rejeição, 
assinado pela então senadora Marta Suplicy (PT-SP). Entretanto, os integrantes 
da CAE, após voto em separado do senador  Flexa Ribeiro (PSDB-PA), votaram pela 
rejeição da proposta da Câmara e pela aprovação do PLS em forma de um 
substitutivo. O projeto determina que 10% da receita corrente bruta da União 
sejam exclusivamente aplicados em ações e serviços de saúde no 
Brasil.
Texto
O texto a ser 
votado na CAS determina que a União aumente de maneira gradativa, em quatro 
anos, os gastos com Saúde até alcançar o mínimo de 10%.  O argumento usado pelo 
senador Flexa foi de que, na Emenda 29 – Lei Complementar 141/2012 -, apenas os 
percentuais mínimos de Estados (12%) e Municípios (15%) foram 
fixados.
Há 12 anos, ainda conforme Flexa, a União 
arcava com 60% do total investido em Saúde, hoje em dia esta parcela caiu para 
45%. Do contrário, os Municípios gastavam 21,7% e subiram para 28,4%.  
Atualmente, o governo federal é obrigado por lei a aplicar o mínimo vinculado à 
despesa do ano anterior, acrescida da variação do Produto Interno Bruto 
(PIB).
PLS 11/2012
A CCJ deve 
votar o PLS 11/2012, que obriga a União a aplicar na área de saúde pública, a 
cada ano, pelo menos 10% de suas receitas correntes brutas. Segundo defesa do 
autor Ricardo Ferraço (PMDB-ES), a Lei que regulamenta a Emenda 29 não é 
satisfatória em relação aos investimentos da União no setor.