crise financeira que se instalou nos Municípios brasileiros em 2012 foi um 
desafio para a maioria dos gestores que tentaram fechar suas contas em dia. A 
Confederação Nacional de Municípios (CNM) levantou que pelo menos 74,8% dos 
prefeitos das cidades brasileiras enfrentaram dificuldades para encerrar as 
contas no final de seus mandatos por conta da crise 
financeira.
E 
para os prefeitos do Paraná o que agravou a situação foi a queda nos repasses do 
Fundo de Participação de Municípios (FPM). Um dos Municípios atingido pela crise 
é o de Quinta do Sul (PR). O vice-prefeito Leandro Arruda em visita a sede da 
CNM, nesta segunda-feira, 11 de março, afirma que a última gestão deixou o 
Município com dívidas e que eles correm contra o tempo para equilibrar as contas 
e manter a folha de pagamento em dia.
“Estamos recorrendo à CNM para implantar 
melhores métodos de gestão para enfrentar as dívidas, como o parcelamento da 
dívida previdenciária e a resolução de problemas jurídicos”, admite o 
gestor.
Royalties
O Município de seis mil 
habitantes fica a 400 quilômetros da capital Curitiba e tem sua economia baseada 
na agropecuária, mas segundo Arruda sobrevive com repasses do FPM. Para Arruda o 
dinheiro dos royalties pode ser a solução das dividas que o Município 
enfrenta e um grande aumento na arrecadação municipal. “Com a vitória dos 
royalties estamos mais confiantes que vamos conseguir equilibrar nossas 
contas e até investir” adianta o vice-prefeito, ansioso pela promulgação da 
vitoriosa conquista do municipalismo.
O 
prefeito de Engenheiro Beltrão no Paraná, Elias de Lima, também procurou a CNM 
para se informar sobre a vitória dos royalties e se filiar à entidade. 
“Acredito que as orientações da CNM serão muito úteis na minha gestão e o 
presidente Paulo Ziulkoski tem mostrado habilidade em representar os prefeitos e 
as dificuldades que passamos”, avalia.
O 
Município com 15 mil habitantes fica a Noroeste do Estado e o prefeito acredita 
que os royalties devem levar desenvolvimento para a região. “Procuramos 
a CNM exatamente para saber sobre as novas etapas da luta, e como vamos 
enfrentar os Estados que estão contra a promulgação”, conta Lima sobre o veto 
que foi derrubado no último dia 7 de março pelo Congresso 
Nacional. Os 
dois gestores também tiraram dúvidas com os técnicos da CNM sobre o parcelamento 
previdenciário e problemas jurídicos de seus Municípios.