O Projeto de Lei Complementar 207/12, em análise na Câmara, cria dois novos 
critérios para o repasse de recursos federais para estados, municípios e o 
Distrito Federal aplicarem em saúde: a proporção da população que é usuária de 
planos de saúde e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da localidade beneficiada. 
Hoje, a 
distribuição desses recursos leva em consideração o perfil demográfico da 
região; o perfil epidemiológico da população a ser coberta; a rede de saúde na 
área, inclusive seu desempenho no período anterior e a previsão de 
investimentos; a participação do setor de saúde nos orçamentos estaduais e 
municipais e o ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras 
esferas de governo (Lei 8.080/90).
A Lei Complementar 141/12 que regulamentou a Emenda 29 não revogou esses critérios, esclarece o autor do 
projeto, deputado Renan Filho (PMDB-AL).
O parlamentar acredita que as novas regras ajudarão a promover a equidade na 
distribuição dos recursos para a saúde. Hoje, aproximadamente 50 milhões de 
brasileiros têm planos de saúde privados. Além disso, o índice de utilização do 
Sistema Único de Saúde (SUS) é maior no interior do que nas capitais.
A subcomissão especial que discutiu a reestruturação do SUS, acrescenta 
Renan, constatou que, nas capitais, 57% das pessoas dependem do sistema público; 
no interior esse índice sobre para 81,4%. “Nesse contexto, o SUS precisa 
considerar as diferentes proporções das populações de Estados e de Municípios 
que são usuárias de planos de saúde.”
Já a utilização do IDH como critério de repartição de recursos fortaleceria a 
equidade no sistema público de saúde. “Os locais com maiores necessidades 
poderiam receber atenção diferenciada, promovendo a redução das desigualdades no 
País.”
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será 
analisada em regime de 
prioridade pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e 
Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.