A maioria dos deputados ouviu o apelo 
da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e de centenas de prefeitos, e 
aprovou em três votações o Projeto de Lei (PL) 2.565/2011, oriundo do Senado e 
que distribui, democraticamente, os royalties do petróleo para todos os 
Municípios e Estados brasileiros. O projeto agora segue para sanção 
presidencial.
Orientados 
pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, prefeitos e gestores de todo o país 
dispararam centenas de telefonemas para os deputados, defendendo a aprovação do 
projeto do Senado, que estava parado há mais de um ano na Câmara. E os apelos 
conseguiram motivar os parlamentares, que aprovaram a preferência de votação 
para a proposta do Senado de autoria do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). O 
projeto foi aprovado com 286 votos favoráveis e 124 
contra.
O 
requerimento de preferência de votação foi apresentado pelo deputado Onyx 
Lorenzoni (DEM-RS) que recebeu 220 votos favoráveis e 211 
contrários.
Para 
Ziulkoski, a aprovação do texto que veio do Senado foi uma vitória histórica. “O 
texto de Zarattini criava uma perigosa camisa de força para os orçamentos 
estaduais e municipais, ao vincular 100% dos recursos do fundo especial para 
gastos em Educação, votar o Projeto do Senado foi o ato mais consciente dos 
deputados”, explica. A CNM e os Municípios trabalharam contra a proposta porque 
vinculava apenas os royalties dos Municípios e Estados não 
confrontantes.
No relatório, Vital do Rêgo afirma que a proposta é uma “solução para os mais de 
5 mil Municípios que têm direito a uma parte da riqueza da nação, 
independentemente de sua localização geográfica e que, atualmente, recebem 
somente algo em torno de 6% dos royalties e, absolutamente nada das 
receitas da participação especial”.
O relatório 
prevê a criação de um fundo especial que "destinará para a totalidade dos 
Municípios, já em 2012, o equivalente a R$ 4 bilhões, que serão distribuídos de 
acordo com o mesmo critério de rateio do Fundo de Participação dos Municípios. 
Isso representa um aumento de quase sete vezes em relação aos valores de 2010". 
O fundo especial também destinará, segundo o relator, R$ 4 bilhões a todos os 
Estados e ao Distrito Federal.